Serra vai ao Gideões Missionários, enquanto Garotinho percorre o Rio
Toda eleição os pré candidatos promovem uma peregrinação a templos evangélicos. Neste final de semana, feriado do feriado do Trabalho, não podia ser diferente. Garotinho, ex-governador do Rio, participou de cultos e diz em Belford Roxo. Já José Serra, pré candidato do PSDB, foi a Camboriú (SC) participar do Congresso Gideões Missionários.
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez um discurso repleto de referências bíblicas diante de uma plateia de missionários evangélicos e foi saudado como "futuro presidente" por pastores da Assembleia de Deus, hoje à noite em Camboriú (SC). "Orem, rezem a Deus, por mim no sentido de eu ter mais sabedoria para enfrentar as batalhas e as lutas que nós temos daqui por diante", discursou, aludindo a uma passagem do Velho Testamento em que o rei Salomão pede a Deus sabedoria para governar.
Na discurso, o católico Serra vinculou passagens da Bíblia à sua atuação como ministro da Saúde e governador. Citando trecho do Evangelho de João, sobre Cristo ter vindo à Terra para dar "vida abundante", o tucano lembrou que propôs legislação restritiva ao cigarro em São Paulo para dar "qualidade de vida" à população. Serra falou para um auditório lotado com cerca de 10 mil pessoas, segundo pastores da Assembleia de Deus.
Líderes da igreja pentecostal afirmaram que o discurso foi ouvido por 160 mil pessoas que participaram do encontro 28º Encontro Internacional de Missões dos Gideões Missionários, espalhados em um parque de Camboriú. A Polícia Militar não fez estimativa de público.
O palanque evangélico de Serra foi articulado pelo pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC (Partido Social Cristão), sigla aliada de Lula no Congresso e que deverá apoiar o tucano na eleição. A Assembleia de Deus é a igreja da pré-candidata Marina Silva (PV).
Já Garotinho, pré-candidato ao governo do Estado do Rio pelo PR, vem percorrendo o estado em eventos evangélicos marcados por ataques aos adversários em evento organizado pela Rádio Melodia.
Ele o acusa de acabar com projetos sociais de quando ocupava o cargo (entre 1999 e 2002), entre eles o Cheque Cidadão. Aos fiéis, o ex-governador refere-se a Cabral como "traidor" e pede "perdão" por tê-lo apoiado nas eleições de 2006. O ex-governador diz que Sérgio Cabral, atual governador é à favor da união civil de pessoas do mesmo sexo.
"O Gabeira e o Sérgio Cabral são a favor. O governador patrocina Parada Gay em Copacabana.", repetiu.